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Servidores do município de Alcântaras protestam contra descaso administrativo



Estando em greve, os servidores do município de Alcântaras, no Ceará, invadiram nesta segunda feira o prédio da prefeitura para protestar contra o desconto de 60% feitos na folha de pagamento dos servidores que aderiram ao movimento, por parte da prefeitura. Os servidores reivindicaram melhorias salariais e as implantações dos planos de cargos e carreiras (PCC). Pós uma reunião no sindicato dos servidores municipais de Alcântaras, eles saíram às ruas do município com cartazes, faixas e gritando palavras de ordem em direção à prefeitura municipal. Chegando lá, se dirigiram ao gabinete do prefeito Raimundo Gomes Sobrinho que se encontrava vazio, desde o início da greve, o prefeito não se disponibilizou para qualquer acordo. Os funcionários do município está há três anos sem receber reajuste salarial, o município paga, atualmente, o antigo salário de 380 reais. Segundo o presidente da câmara senhor Antonio Marcos Ximenes, a prefeitura sofre com a crise econômica e não tem condições de pagar os 465 reais. Foi aprovado no dia 17 de abril, na câmara municipal, um projeto de reajuste salarial para 415, sendo assim, um salário anticonstitucional. O que chama atenção nessa história é que para os servidores não há condição para pagar os 465, e alguns dos familiares da administração ganham altos salários sem mesmo se deslocarem de suas casas. Quem está sofrendo com essa paralisação são as crianças que está há um mês sem aulas. O secretário de educação do município, Carlos Alves, lamenta o fato das negociações não terem avançado. Segundo o secretário, o município está tendo prejuízo na merenda escolar. “Não tem quem faça, não tem quem coma”. Ele afirma também que a greve já atingiu 50% das escolas do município, e se mostra preocupado na elaboração de um calendário para recuperar as aulas perdidas no período da greve. Outro caso que chama atenção é os representantes do Partido Comunista do Brasil (PC do B). A senhora Antônia Sergino e o senhor Tone do Mathias que votaram contra as reivindicações dos servidores públicos. Já o desrespeito com os servidores públicos veio da parte do vereador José Mauricio que em plena tribuna chamou a classe de “burra”. Quem também está sofrendo com o descaso administrativo é a senhora Cleuvilândia Menezes Costa. Ela é professora e vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT), segundo ela, desde que se manifestou favorável ao movimento, vem sofrendo ameaças através de ligações anônimas, a qual registrou um boletim de ocorrência. O presidente do sindicato, Charles Menezes, afirma que vai manter o movimento até que o prefeito os receba para uma negociação plausível. “É uma pena que em pleno século XXI, ainda temos que conviver com a discrepância do analfabetismo decidindo o futuro de alguns municípios brasileiros”.
Por: Correio da Semana

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